quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Projeto propõe incluir crimes da ditadura como tema no currículo escolar

Um projeto de lei que prevê a inclusão do tema "a ditadura militar no Brasil e a violação dos direitos humanos" no currículo escolar de estudantes do ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos tramita na Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados.

A proposta chamada Iara Iavelberg, do deputado Renato Simões (PT-SP), visa alterar a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96) e colocaria, dentro da disciplina de história, temas como "os movimentos de resistência", "as graves violações dos direitos humanos pelo regime de exceção", "a corrupção" e "o legado autoritário da ditadura e os resquícios na sociedade".

Para o autor do projeto, é preciso que a historiografia oficial apresente os acontecimentos no período: "Esse é um tema esquecido. Mesmo para pessoas que viveram aquele período, a censura resultou em um desconhecimento total do que acontecia. Nas novas gerações é mais grave. Não houve um esforço até o momento de inserir esse conteúdo".

Na opinião do deputado, o pedido de alguns grupos isolados pela volta ao regime militar se deve ao desconhecimento do que aconteceu à época: "Precisamos tomar cuidado porque quando há descontentamento total da política, responde-se com autoritarismo. Por isso, é preciso olhar o passado para entender o presente e projetar o futuro", afirma.

Para o professor da UnB, José Otávio Nogueira, a medida se faz necessária para compensar desigualdades de informação passadas. "Houve um silêncio muito grande sobre o assunto. Uma lei poderia acelerar o processo e, inclusive, fomentar a produção sobre a ditadura", aponta.

Nogueira, que é coordenador dos estudos da Comissão da Verdade da universidade, destaca que processo parecido se deu na obrigatoriedade do estudo da história da África nas escolas. "Até aquele momento, tínhamos um ensino de história medieval eurocêntrico. A lei fez com que o currículo se ampliasse", diz.

O projeto de lei foi entregue para a Comissão de Educação (CE) no último dia 20 de agosto.

Pontos de atenção

 

Apesar de ser a favor da aprovação do projeto, o professor Nogueira faz a ressalva de que é preciso fazer alguns ajustes para a implementação nas escolas e isso pode levar tempo: "Será preciso transformar o material de pesquisa em livros didáticos. Isso poderia demandar tempo. O melhor caminho é, se aprovada a lei, o MEC realizar debates com educadores".
"Outro problema é que muitos conteúdo ficam jogados para o final do ano. A iniciativa é boa, mas tem que ver a aplicabilidade", acrescenta Nogueira.

Por outro lado, uma professora da UnB, que preferiu não se identificar, se mostrou preocupada com a iniciativa. "Há dois pontos complicados. O primeiro é que não há consenso entre historiadores sobre o que houve ditadura. Além disso, a lei curricular não deveria empurrar temas tão específicos. Imagina o que aconteceria se começassem a aprovar todo conteúdo das aulas", diz.


Iara Iavelberg

A escolha do nome Iara Iavelberg para "batizar" a lei se deve à ativista política que acabou morta pelos militares em 1971.

"Nós escolhemos porque ela é muito simbólica em uma história que foi desmontada. A versão do suicídio foi tão hegemônica que ela não foi enterrada em campo santo judeu. Houve todo um processo de recontar a história dela. Para mim, ela simboliza o objetivo da lei. Dar a versão dos vencidos da história" aponta.

Tramitação

A proposta faz parte de uma série de medidas adotadas após a instauração da CNV  (Comissão Nacional da Verdade). "Há muitos projetos de revisão e memória na Câmara devido ao que foi apurado na Comissão da Verdade e também por causa dos 50 anos do Golpe Militar de 1964. E esse é um deles", aponta Simões.

A tramitação do projeto ficou prejudicada por causa das paralisações deste ano no Congresso por causa da Copa e Eleições. Porém, o deputado afirma que será feito um esforço para aprovar a lei na Câmara.

Se aprovada com acordo, a discussão vai direto da Comissão de Educação para o Senado. Se os partidos mais conservadores não participarem da discussão, a votação deve acabar indo para o Plenário da Câmara e pode ficar apenas para 2015.

Fonte: Uol Educação

 


 


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mostra de trabalhos reúne produção do Pibid/UEPG

Coordenadores, supervisores e bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) movimentaram as dependências da Central de Salas de Aula (Campus de Uvaranas) e Bloco ‘B’ (Campus Central), nesta terça-feira (11). A programação da IIII edição da ‘Mostra de Trabalhos Pibid’ registrou a apresentação de pôsteres e trabalhos pedagógicos que foram produzidos nas três edições. São 14 projetos desenvolvidos em 30 escolas públicas estaduais e municipais, com envolvimento de cerca de 300 alunos das 13 licenciaturas ofertadas na UEPG.

A ‘Mostra de Trabalhos’ apresentou aos participantes cerca de 50 pôsteres e 100 trabalhos distribuídos entre materiais didáticos, jogos interativos, trabalhos sobre a copa do mundo, instrumentos musicais, livros, experiências, quadros de pintura, gravuras, máscaras, adaptação da gravura em isopor, jornal, entre outros. Participaram da abertura da mostra, na Central de Salas, o reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, pró-reitor de graduação Miguel Archanjo de Freitas Júnior e a coordenadora institucional do Pibid Maria Odete Vieira Tenreiro.
Ao destacar a realização da mostra, o reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas comenta que, além da importância dos recursos que são repassados pelo governo federal para o programa,a mola mestra do Pibid é o entusiasmo e comprometimento dos alunos, professores orientadores e gestores. “É isso que nos motiva lutar cada vez mais para que o Pibid seja uma grande alternativa para a formação dos nossos professores”.

Para o pró-reitor Miguel Archanjo, a mostra revela um pouco de tudo o que eles desenvolvem no cotidiano e traz uma pequena parcela do que os alunos têm contribuído com o programa. “Isso nos auxilia a perceber o quanto o Pibid tem nos influenciado positivamente na formação dos futuros profissionais, na atualização daqueles que já estão no cotidiano da escola e na interrelação entre universidade e sociedade”.
Maria Odete Tenreiro comenta que os 380 pibidianos (alunos, professores UEPG, professores da rede pública) fazem a diferença na vida pessoal e nos espaços (escola) onde são desenvolvidas as ações. A professora reconhece e evidencia que o sucesso do trabalho só tem se dado pela dedicação e comprometimento de todo o grupo do Pibid.

A professora Maristel Nascimento (Colégio Regente Feijó – disciplina Matemática) comenta que, por trabalhar em uma escola do ensino médio tradicional, encontrava dificuldade em ministrar o conteúdo. Então buscou no programa o auxílio que precisava. “Inscrevi-me no programa e trouxe o Pibid para a escola. Com a atuação dos bolsistas do programa foram desenvolvidos vários jogos que facilitaram consideravelmente o aprendizado. Conseguimos realizar muitas atividades que julgava impossíveis. Com isso, o desempenho dos alunos melhorou muito. Os acadêmicos do Pibid são ótimas influências para os alunos da escola. Eles têm quebrado barreiras no colégio, organizando cartazes nas paredes, murais, etc”.
Tânia Aparecida Pedroso (Colégio Arnaldo Jansen) destaca que a participação do Pibid na escola ajuda ambos os lados. “A troca de experiências entre alunos e professores ajuda muito no processo de aprendizado, eles desenvolvem o raciocínio, se tornam mais críticos”.

Os acadêmicos João Ricardo Santos e Fernanda Loch, do curso de Licenciatura em História, desenvolveram dois projetos no Colégio Estadual José Elias da Rocha com os temas ‘70 anos da escola e 25 anos da Fanfarra’ e ‘Educação para uma cidadania política’. “Foi muito interessante trabalhar estes temas com os alunos, pois no caso da fanfarra eles se veem como personagens da escola”, diz João Ricardo.

Já o outro projeto, que trata de política, foi desenvolvido no 2º turno da campanha eleitoral. “Trabalhamos com os alunos do ensino médio, criamos títulos de eleitores fictícios, simulando uma votação no 2º turno para presidente. 
O resultado foi divulgado uma semana após o resultado das eleições”, comenta João Ricardo. “O objetivo foi ajudar na formação de uma consciência política. 
Obtivemos bons resultados”, completa, destacando que esses projetos são positivos no sentido de que podem contribuir para as outras disciplinas.

Fernanda Loch, aluna do 1º ano de História, comenta que é essencial esse contato com os professores em sala de aula e, mais importante, é perceber a interferência na vida dos alunos. “Eles cobram da gente, perguntam o tempo todo, escolhem o conteúdo a ser aprendido e todas as atividades desenvolvidas dentro do programa com os alunos como jogos interativos, passeios, visitas, tornam o conteúdo mais fácil de ser assimilado”.
Fonte: Portal UEPG

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

22 portais com conteúdos digitais para o professor usar em sala de aula

A Ação Educativa, em parceria com a Wikimedia Foundation, mapeou e analisou 22 portais com recursos educacionais digitais online, no estudo "Recursos Educacionais Abertos: o campo, os recursos e sua apropriação em sala de aula".

Conheça abaixo esses 22 portais que oferecem materiais digitais para o professor usar em sala de aula.

Ambiente Educacional Web 
Banco Internacional de Objetos Digitais
Biblioteca Digital do Centro de Trabalho Indigenista
BN Digital
Brasiliana Digital
BVCH - Biblioteca Virtual de Ciências Humanas - Sociedade da Informação
Educopédia
Edumatec
Escola Digital
FEB - Federação de Repositórios Educa Brasil
Khan Academy (em português)
M3 Matemática Multimídia
Mobile L Tecnologia Educacional/
NOAS
Plataforma Democrática - Biblioteca Virtual
Portal Dia a Dia da Educação
Portal do Professor
Portal Domínio Público
RIVED - Rede Interativa Virtual de Educação
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

Pensamentos práticos para melhorar nossas escolas

Vamos pensar nas estratégias que podemos implementar no cotidiano para sempre evoluir na relação instituição, educadores, famílias e alunos, trazendo benefícios a todos.
Se a escola se forma como uma comunidade e se insere nesta, tal atitude reflete nas aulas e trabalhos dos alunos e este crescimento e envolvimento traz benefícios para as famílias. Podemos pensar em maneiras práticas de melhorar nossas escolas e de incrementar as cidades e comunidades em que vivemos junto aos nossos alunos. Alguns pensamentos podem ajudar nessa iniciativa e fazer com que as crianças e os adolescentes percebam desde cedo o valor do que aprendem, criando uma visão solidária, de partilha:
  • "Como podemos usar isto que aprendemos para melhorar nosso mundo?"
  • "O que falta aqui onde vivemos?"
  • "O que podemos fazer com relação a isto?"
Isso os leva a serem até mais felizes, pela sensação de pertencerem ("Nós, somos mais importantes do que cada um"), de terem valor ("Eu faço a diferença") e se envolverem com causas que são maiores do que eles.
Dentro desta perspectiva, estamos comprometidos ainda com a felicidade. Esta não depende somente de sorte ou de contingências externas, mas também do modo como percebemos nosso valor, a importância e o significado do nosso trabalho e o nosso estilo de vida. Felicidade é algo que vem de dentro para fora, depende da autogestão pessoal e profissional. Fazemos isso com bom humor e animação em sala de aula, usando vitalizadores – contos, mitos, histórias, magia – e oferecendo bons estímulos aos sentidos dos alunos, como músicas, aromas e sensações.

Há ainda quem acredite que felicidade é algo que deve estar distante da sala de aula, que aluno bom é aquele que fica calado. Porém, a cada dia surgem novos estudos demonstrando que o estado de felicidade é benéfico ao cérebro, às emoções, às relações humanas e, consequentemente, também ao aprendizado.
Finalmente, temos compromisso com o brilho nos olhos. Educar é algo para ser feito com entusiasmo e orgulho. É preciso despertar em nossos educandos a consideração por si mesmo, o gosto pela vida e o amor pelo futuro, de forma que eles busquem aprender para agregar valor ao mundo e para fazerem a diferença. Devemos manter a energia positiva dentro de nós mesmos e semear o gosto pelo bem máximo que nos fez evoluir até aqui, a educação. Sem ela, não teríamos sequer sobrevivido na história. Com ela, tocamos a eternidade.

Os biólogos explicam que nosso desejo de evoluir se deu graças ao sistema de recompensa do cérebro, que dispara dopamina, o neurotransmissor da felicidade, quando aprendemos algo. Já aqueles que acreditam em "algo mais" entendem que este sistema cerebral que nos leva a buscar mais da vida foi um presente de Deus para que o Homem, ao ensinar, ao criar, ao amar, tivesse um breve momento de luz e compreendesse, pelo prazer, o que é, de verdade, viver. Vida às nossas escolas!

Fonte: Leo Fraiman - Uol Educação

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Fórum das Licenciaturas



 
O reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas antecipou homenagem aos professores, por ocasião do Dia do Professor (15 de outubro), na abertura do Fórum das Licenciaturas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nesta terça-feira (7), no Cine Ópera. Em sua sétima edição, com o tema ‘Gente que faz a escola’, o fórum se consolida como espaço de discussão sobre a formação de professores, oportunizando aos alunos das licenciaturas a reflexão sobre as práticas escolares, por meio de palestras, mesas redondas, exposição de painéis e relatos de experiência.
Na sua homenagem, Luciano Vargas pediu permissão para centrar sua fala em um único professor que, segundo ele, se coloca a frente de seu tempo, como uma pessoa que faz educação; colega de curso no Departamento de Engenharia Civil e instâncias administrativas; que cativa e gosta de ser cativada; professora, amiga, de gênio forte e intolerante com os alunos faltosos. A homenagem se dirige à professora Olinda Thomé Chamma, coordenadora do Fórum das Licenciaturas. Chamando a atenção para o tema do fórum (Gente que faz a escola) e o ambiente propício à homenagem aos docentes, disse que a professora Olinda deve ser espelho de dedicação para os novos professores e profissionais. “Certamente teremos melhores engenheiros e professores para a nossa sociedade”.
Em seu primeiro evento na Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), como pró-reitor, o professor Miguel Archanjo de Freitas Júnior, se referiu à responsabilidade de conduzir um órgão marcado pelas realizações do seu antecessor (professora Graciete Tozetto Góes). Nesse sentido, destacou a realização do Fórum das Licenciaturas, que tem a proposta de debater a formação docente a partir da realidade da escola básica. Dentro desse objetivo, segundo ele, o fórum traz para sua programação pessoas que estão na escola, desenvolvendo experiências concretas, além dos discursos e teses acadêmicas. “A troca de experiências é a essência desse fórum”, disse.
Após a apresentação da Banda Escola Lyra dos Campos, regida pelo maestro Juliano Amaral, a programação do fórum trouxe o painel de abertura, com o tema “A educação para a convivência no espaço escolar”, exposto pelo professor Nei Alberto Salles Filho (UEPG) e as convidadas Zeneide Aparecida Inglês e Giovana Vieira da Rosa, diretora e pedagoga do Colégio Estadual 31 de Março. Nei Alberto falou sobre o Núcleo de Estudos Formação de Professores em Educação Para a Paz e Convivências (NEP/UEPG), que desenvolve ações com professores e escolas, disseminando aspectos conceituais e metodológicos da Educação para a Paz. Os objetivos da iniciativa são a informação, discussão, análise e proposição de ações relacionadas às convivências escolares, observando a Educação para a Paz como um elemento articulador nesse processo.
As professoras Zeneide Aparecida Inglês e Giovana Vieira da Rosa apresentaram o Projeto “Blitz da Paz”, que trabalha na perspectiva da melhoria da convivência escolar e familiar. Na sua exposição, evidenciaram o valor do trabalho com valores positivos no ambiente escolar; a construção de uma caminhada possível na escola, o gerenciamento de conflitos e a busca contínua do aprimoramento das vivências e convivências escolares. Após foi aberto espaço para debates, com a participação dos alunos das licenciaturas em Ciências Biológicas, Educação Física, Física, Geografia, História, Química, alunos PDE, alunos EaD e convidados.
A noite de abertura registrou ainda a participação dos alunos do curso de Artes, João Marcos (piano) e Paulo Moura (vocal e violão).
Mais informações sobre o Fórum das Licenciaturas em uepg.vwi.com.br/
 

Iniciativas em sala de aula: Professor une suas duas paixões, o rock e a física, em suas aulas

Black Sabbath, Queen, Byrds, Yes e até Mutantes e Novos Baianos servem como material pedagógico em aulas de astronomia e física moderna

Black Sabbath, Queen, Byrds, Yes e até Mutantes e Novos Baianos servem como material pedagógico em aulas de astronomia e física moderna


Em 1969, o inglês David Bowie surgiu no cenário musical com a odisseia do major Tom, um astronauta que dizia que "a Terra é azul, e não há muito que eu possa fazer". Mais de 40 anos depois, a canção é apresentada em sala de aula, pelo professor de física Emerson Gomes, no 3º ano do Ensino Médio do colégio E.E. Dr. Gaspar Ricardo Junior, em Iperó, interior de São Paulo
Aliás, não só Bowie. Black Sabbath, Queen, Byrds, Yes e até Mutantes e Novos Baianos servem não apenas para mostrar um novo universo cultural aos estudantes, mas, principalmente, como material pedagógico em aulas de astronomia e física moderna.
"O estudante não precisa apenas se preparar para o vestibular. A grade curricular do 3º ano me permite utilizar o rock como material paradidático", afirmou o professor. "Bowie e sua música Space Oddity trata a corrida especial com um tom crítico e de sarcasmo. Outras canções como Astronomy Domine, do Pink Floyd, descrevem corpos celestes", completou.


Emerson Gomes usa rock para ensinar física a seus alunos do ensino médio

Desta maneira, o professor Gomes consegue misturar em sala de aula suas duas paixões: o rock e a física. A ideia começou com uma pesquisa, que acabou se tornando seu projeto de doutorado, atualmente em andamento na Universidade de São Paulo (USP).
O professor pesquisa como trabalhar com diferentes produtos culturais em sala de aula. No mestrado, Gomes usou a literatura. Mas, sua relação com o rock é antiga. O professor teve banda na adolescência e adora heavy metal. Isso o levou a estudar a relação entre o rock e a astronomia, e como aplicar isso para os alunos do ensino médio.
"Eu levo a canção e a letra para que eles acompanhem. Muitos estranham o som, já que a maioria está acostumada com funk e sertanejo universitário. O estranhamento funciona bem para a didática. O aluno fica incomodado com aquilo e acaba se interessando mais. A curiosidade aguça o conhecimento", explicou.
Claro que o professor não utiliza o rock em todas as aulas. No ano inteiro, ele faz três atividades com música. E todas elas fazem muito sucesso. Como parte de sua pesquisa de doutorado, seu projeto deve chegar a escolas de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo.
"Principalmente quem não é muito fã de exatas acaba gostando mais. Os alunos simulam air guitar e querem conhecer mais da matéria e das bandas", contou.
Em sua tese, o professor se inspira na teoria sociocultural desenvolvida pelo pedagogo francês Georges Snyders, que considera que a música aproxima os alunos do conhecimento científico.
"O rock faz um discurso crítico da sociedade e é importante o aluno fazer, na escola, uma análise crítica do mundo. O estudante tem de ter um espaço para dialogar, para sair um pouco daquele ensino hermético do passado. E é isso que eu tento proporcionar", explicou.

Paraná

O professor de história Ramon Dimbarre, de Ponta Grossa, no Paraná, também acredita que o rock pode ser utilizado como material paradidático em sala de aula. Seu projeto de graduação foi sobre o heavy metal.
"O heavy metal pode, por exemplo, ajudar o aluno a entender as mudanças ocorridas na Inglaterra na década de 1970. O Black Sabbath em suas canções mostram a insatisfação da sociedade", explicou.
No entanto, ao contrário de seu colega paulista, Dimbarre ainda não conseguiu levar seu projeto de pesquisa para a prática. Após ter se formado, o professor não conseguiu emprego como professor.
"Consegui levar o heavy metal para a sala de aula quando eu era estagiário. Meu sonho agora é colocar meu projeto em prática. Os colégios, principalmente os mais tradicionais, ainda têm muito preconceito com as tribos urbanas como os headbangers ou os punks. Quero acabar com isso", contou.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A educação e a formação dos valores

A educação empreendedora tem por base valores morais, que devem permear todas as atividades e atitudes em sala de aula, tanto dos alunos quanto dos professores.
Um dos elementos que distinguem uma educação de qualidade, de excelência  e que realmente resulte duradoura e positiva para nossos educandos são as práticas de valores. Estes não se referem a ideias ou conceitos. Muitas vezes o professor, na melhor das intenções, confunde o princípio de valores com a prática de apresentar conceitualmente para os alunos o que é a fraternidade, a justiça ou a diversidade, porém essa é a parte visível do ensino de valores.

 Aprendemos valores quando os vivenciamos, assim percebemos que, efetivamente, praticamos esses conceitos nas escolas.
O que são valores, então? Valores são uma espécie de bússola interior, ou um eixo norteador, que nos aproxima ou nos afasta de pessoas, experiências e atitudes, percebidas como positivas ou negativas, de acordo com o critério de avaliação do que seja importante para nós. É o valor da justiça que nos afasta de um comportamento inadequado - ao descontar na nota de uma prova um comportamento não adequado de um aluno em sala de aula, por exemplo -, assim como é o valor da fraternidade que nos faz nos aproximar de um aluno que percebemos muito calado em sala de aula, demonstrando um genuíno interesse por ele.

António Damásio, em seu livro "E o Cérebro Criou o Homem", mostra que o cérebro precisa perceber que um conceito, um conhecimento ou um dado são realmente significativos para que recrute e direcione neurônios e perceba que aquele conhecimento é importante. Então, somos movidos de acordo com o neurologista, por um valor biológico, ou seja, se biologicamente nosso corpo não sente que determinado conhecimento é realmente importante, o aprendizado não é fixado de modo profundo. Por isso, muitas vezes o ensino de valores acaba não tendo uma efetividade.

Os valores são importantes para o professor, pois o definem como pessoa e o ajudam a perceber como lidar com os alunos, os colegas, a instituição, na sociedade e até na vida pessoal.
Eles também são relevantes para que o professor perceba qual é a importância e o valor que está imprimindo em sua matéria. Se o educador não mostrar que aquela matéria é importante e significativa para os alunos, dificilmente o cérebro deles vai incorporar esse conhecimento.

E, finalmente, o valor se mostra relevante quando o professor valoriza o aluno, quando cuida, respeita, age de maneira zelosa e com consideração. E, assim, fundamentalmente, o valor se mostra ainda mais profundo quando o professor valoriza a vida, o respeito, a natureza e a aplicação daquilo que foi ensinado para melhoria da sociedade como um todo.


Leo Fraiman- psicoterapeuta, escritor e palestrante.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Fórum das Licenciaturas define programação

Acadêmicos dos cursos de licenciatura poderão ser inscrever de 22 a 26 de setembro nos colegiados de curso.

 

O tema ‘Gente que faz a Escola’ orienta a programação do Fórum das Licenciaturas da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, nos dias 7 e 8 de outubro, no Cine Teatro Ópera. A promoção é da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e a Comissão Permanente das Licenciaturas (Copelic). As inscrições poderão ser feitas de 22 a 26 de setembro nos colegiados de curso.
Destinado a professores e alunos de todas as áreas de conhecimento, o fórum tem objetivo de garantir espaço de discussão coletiva sobre a formação de professores e oportunizar a reflexão sobre as práticas escolares nesta formação. O evento reúne a participação de professores palestrantes da educação básica, como Dalva Cassie Rocha (UEPG), mediadora da mesa temática que trata sobre o tema ‘Experiências de formação inicial de professores da Educação Básica’. O evento traz ainda, na programação sessão de pôsteres, relato de experiências e o momento cultural com a apresentação da ‘Banda Lira dos Campos’.

Programação do Fórum

Terça-feira (7/10)

13h45 – palestra - ‘A contribuição da UEPG na formação de professores’,
15h - Mesa temática – ‘Experiências de formação inicial de professores da educação Básica’ com as professoras Leila Inês Folmann Freire e Adreane Marceli Willenborg (Colégio Estadual José Elias da Rocha),
15h30 debates.
15h45 Mesa Temática – ‘Experiências internacionais de formação inicial de professores da Educação Básica’, mediador professor Miguel Archanjo de Freitas Junior, apresentadores acadêmicos dos cursos de Licenciaturas: Alisson Luis Pinheiro (Matemática); Leandro Guimarães Ferreira (Letras/Francês); Keli Cristina Voanka (Ciências Biológicas) e Heloisa Soares Lopes (Artes Visuais).
19h – Abertura
19h50 – Painel de Abertura – ‘A educação para a convivência no espaço escolar’ – palestrante Nei Alberto Salles Filho (UEPG) – convidados do Colégio Estadual 31 de março.

 Quarta-feira (8/10)

13h45 – Mesa Temática – ‘Vivências na escola reflexões sobre o cotidiano’
14h45 – Debates
19h30 – Painel de encerramento – ‘A educação para a convivência no espaço escolar – palestrante Nei Alberto Salles Filho (UEPG)
20h45 – Debates
21h15 - Encerramento

 Mais informações poderão ser obtidas através do endereço http://uepg.vwi.com.br/.

 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

I Jornada Nacional de História Antiga e Medieval e IV Encontro Nacional de Estudos Egiptológicos: Religião e Religiosidade

A I Jornada Nacional de História Antiga e Medieval da Universidade Estadual de Ponta Grossa, cujo tema é “Religião e Religiosidade”, foi criada para fomentar o desenvolvimento destas áreas da História, visto o crescente interesse de acadêmicos e professores nestes campos de pesquisa. Ao mesmo tempo, busca-se integrar a UEPG como um futuro centro de produção permanente do conhecimento em História Antiga e Medieval uma vez que outras universidades do Estado do Paraná mantêm pesquisas e realizam, com certa regularidade, eventos relacionados à Antiguidade e o Medievo. Fomentar os debates atuais em torno dos estudos da religião e da religiosidade a partir da reunião de diversos pesquisadores de renome nacional e internacional certamente contribuirá para o avanço na área das pesquisas. A programação da Jornada incluirá pesquisadores de diversas sociedades da Antiguidade (Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma e China), e do Medievo, destacando a interdisciplinaridade entre as áreas de História, Arqueologia, Letras e Artes, visto a formação plural dos convidados.

O IV Encontro Nacional de Estudos Egiptológicos: Religião e Religiosidade objetiva dar continuidade às propostas geradas em suas três edições anteriores e promover o debate acadêmico sobre a questão da religião e a sociedade nos três períodos históricos do Egito na Antiguidade: o faraônico, o helenístico e o romano, a partir de fontes textuais, epigráficas, papirológicas, iconográficas e arqueológicas. Tais documentos encontram-se presentes, em geral, nos monumentos do antigo Egito, testemunhos de uma sociedade ímpar não somente no contexto das civilizações da Antiguidade, bem como em permanências que ainda influenciam nossos dias. É inquestionável a profunda relevância dos estudos da Egiptologia no contexto das ciências humanas, com destaque para a História, a Arqueologia, a Antropologia e a Sociologia, sendo certo que o Brasil vem se tornando um reconhecido centro de pesquisadores e professores universitários profundamente comprometidos com o desenvolvimento e a cristalização dos estudos egiptológicos, visando enriquecer a produção intelectual, sobretudo historiográfica, da Academia brasileira. Entretanto, é fato que o espaço que a Egiptologia hoje ocupa nas universidades é reduzido, e mais ainda em se tratando dos ensinos fundamental e médio. Este evento propõe reunir pesquisadores da Egiptologia do Brasil, destacando-se do Rio de Janeiro, do Paraná, de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Sua meta é consolidar a Egiptologia como disciplina essencial à Academia, mas também à toda sociedade brasileira, difundindo junto aos professores e alunos dos ensinos fundamental e médio, e sobretudo aos estudantes universitários, a importância do estudo do Egito Antigo.
Os eventos de caráter nacional são simultâneos e foram planejados para três dias, nos turnos matutino, vespertino e noturno.
No dia 16, das 10h às 12h estão previstos o credenciamento e as inscrições finais para os ouvintes. Na parte da tarde, as 14h, haverá a abertura oficial da jornada com organização do evento, seguida pela conferência inaugural e por uma mesa-redonda de História Antiga. No princípio da noite, às 19h, iniciaremos as atividades do Encontro de Egiptologia.
No dia 17, das 8h às 9h45 teremos sessões de comunicações coordenadas para os inscritos com apresentações de trabalho. As mesas serão coordenadas por professores e acadêmicos envolvidos na organização. Das 10h às 12h teremos três minicursos simultâneos: dois com temática de História Antiga e um com de Medieval, que serão ministrados por professores convidados. Na parte da tarde, das 14h às 15h45 teremos uma mesa-redonda de História Medieval, seguida pela segunda conferência, das 16h às 18h, de História Antiga. Na parte da noite, das 19h às 22 horas, duas conferências sobre Mesopotâmia e Egito Antigo.
No dia 18, das 8h às 9h45 teremos as últimas sessões de comunicações coordenadas para os inscritos com apresentações de trabalho. Das 10h às 12h está prevista a continuação dos três minicursos. Na tarde da tarde, das 14h às 15h45 haverá uma conferência de História Antiga, e na sequência, das 16h às 18h, a conferência de encerramento sobre Medieval. Na parte da noite, das 19h às 22 horas, encerramos o encontro de Egiptologia com uma mesa-redonda.

Fonte: http://pitangui.uepg.br/eventos/JNHAM/index.php

Projeto Copa: O que ganham os brasileiros?

No ano de 2014, o Brasil sediou a Copa do Mundo FIFA. Em decorrência da mobilização da sociedade brasileira para receber este evento, a CAPES decidiu-se pela realização de um projeto relacionado à Copa. Este teria como objetivo possibilitar ao aluno do Ensino Fundamental e Médio, ter uma visão crítica do evento.
                Após tomarem conhecimento da decisão da CAPES por meio da professora Silvana Maura Batista de Melo, os professores e pibidianos iniciaram as discussões a respeito de como seria aplicado o projeto em questão.
                No Colégio Linda Salamuni Bacila, após as discussões iniciais sobre o projeto, optou-se pela realização de uma Oficina, pois a Metodologia da Oficina favoreceria tanto à participação dos alunos quanto a integração e aprendizagem dos pibidianos e do professor coordenador, Marcelo Kloster.
            

              A oficina se dividiu em três   etapas:

                        -Apresentação executada pelos acadêmicos do projeto sobre a História das Copas, situando os alunos no contexto da criação do evento, e suas implicações políticas, econômicas e sociais. A apresentação foi acompanhada de Slides demonstrativos, com uma rápida explanação sobre cada edição do evento.
                       -Debate com os alunos, dirigido pelos acadêmicos, com base no texto ''Que fazer para que a Copa do Mundo de 2014 beneficiar o Brasil'', o qual apresenta prós e contras em relação a realização do evento, idealizando criar posicionamento crítico a partir de comparações com a realidade dos alunos.
                 -Confecção de cartazes, executada pelos alunos, demonstrando seus respectivos posicionamentos e opiniões sobre a realização do evento. Para a confecção, foram utilizados recortes de revistas. Em seguida, os alunos apresentaram seus cartazes, explicando seu posicionamento em relação ao evento.




RESULTADOS OBTIDOS:
Os objetivos iniciais do projeto foram alcançados, não de maneira igual em todos os alunos, pois pôde-se observar que o assunto foi aprofundado em diferentes graus por casa aluno. Podemos afirmar que todos os alunos participaram do debate e expressaram sua opinião, seja através dos cartazes ou oralmente.



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

PIBID 2014/2015 - Retomada de atividades no blog!



               A partir desta data retomamos as atividades no blog do PIBID, sobre nova direção.  O PIBID-História do ano de 2014 é coordenado pela Profª Drª Silvana Maura Batista de Carvalho. Na função de professores supervisores se encontra a Professora Adreane Marceli Willenborg, que atua no Colégio Estadual José Elias Da Rocha, e o Professor Marcelo Kloster, que atua no Colégio Estadual Linda Salamuni Bacila.




           A equipe de Pibidianos da edição 2014 é composta pelos Acadêmicos:



 -Colégio Estadual José Elias Da Rocha:  Alessandro Henrique Monteiro Pereira,  Bruno Eduardo Prestes, Rafaelly Malena Ionak, Fernanda Loch, Jaqueline Ebert de Araujo, João Ricardo Santos e Reinaldo Glusczka.




-Colégio Estadual Linda S. Bacila: Isabele Fogaça de Almeida, Isaias Holowate, Leon Muller Martins, Lucas Ienke Rodrigues, Murilo Barche Alves, Diandra Ferreira e Lucas Eduardo Oliveira.


 

Neste blog serão postados projetos, atas, escalas e informações relacionadas ao meio educacional e ao projeto vigente.