segunda-feira, 2 de abril de 2012

Conscientização do Autismo; Diagnóstico precoce é fundamental no tratamento

Ainda que tenhamos ouvido falar pouco sobre o assunto, hoje é o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo.

Sabendo da importância do tema, escolhemos um texto sobre o assunto, focado principalmente no diagnóstico desta disfunção, que acomete em média 21 a cada 10000 crianças.

Este recorte foi escolhido devido às constantes indagações que fazemos em nossos grupos de estudo, sobre como podemos diagnosticar as necessidades dos nossos alunos, a fim de atendê-los nas suas especificidades.

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Como detectar?

Diagnosticar uma criança como autista não é uma tarefa fácil. Alguns sinais são muitos sutis e podem passar despercebidos, levando os pais a buscar ajuda muito tempo depois que a doença começou a se manifestar. Além disso, existem dezenas de subtipos da doença em diferentes graus, do mais leve ao mais severo. O acompanhamento de um especialista, em longo prazo, é essencial para se ter certeza do diagnóstico.

Uma das maiores dificuldades em se diagnosticar o autismo reside justamente na falta de informação: a família geralmente não sabe quais são os sinais a que deve estar atenta e quando procurar ajuda profissional. Muitas vezes os pais subestimam esses sinais, tomando-os como coisas “típicas da idade” ou “apenas uma fase”.

Mas, de acordo com pesquisadores do Instituto Kennedy Krieger, em Baltimore, nos Estados Unidos, a maioria das crianças autistas podem ser reconhecidas logo no primeiro ano de vida. Se os pais estiverem atentos aos sinais de autismo e a criança for encaminhada antes dos três anos de idade, o tratamento será muito mais eficaz.


Dificuldade de relacionamento e tendência a se isolar são algumas das características da doença


Os primeiros sinais
O primeiro sinal é a falta de contato visual. O bebê não olha nos olhos da mãe; seu olhar fica vagando, sem se fixar. Outros sinais de alerta são a falta de resposta de bebê a estímulos do ambiente – ele não dá “tchauzinho”, não manda beijos, não se vira quando é chamado, assim como raramente sorri ou balbucia. Também é comum que uma criança autista não goste de ser tocada, esquivando-se e até mesmo tornando-se agressiva para evitar o contato físico.

Robson aponta outros sinais, como a criança preferir o isolamento e agir como se fosse surda. “Ela não responde ao próprio nome e não se importa com barulhos, além de engajar-se em comportamentos repetitivos, como mover os braços para cima e para baixo, enfileirar objetos ou olhar fixamente para objetos que giram, como rodas de carros e ventilador”.

De acordo com Ana Beatriz Freire, psicóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, a criança ainda pode apresentar “angústia em situações aparentemente normais, dificuldades frente a mudanças, rigidez corporal, pouca expressão de dor, auto-agressão e agressão aos outros que o cercam”.

É importante notar que esses sinais são comuns em autistas, mas não é necessário apresentar todos para ter a doença. Tampouco a criança que apresenta alguns desses aspectos é autista. É preciso ficar atento à frequência com que ocorrem e procurar um especialista para que o diagnóstico seja feito.


15 sinais comuns do autismo

1. Pouco ou nenhum contato visual
2. Dificuldade de relacionamento e tendência ao isolamento
3. Aversão ao contato físico, reagindo muitas vezes com agressividade
4. Repetições de sílabas ou palavras isoladas e sem contexto
5. Manipulação de objetos fixos e circulares, aparentemente sem finalidade
6. Rodopios com o corpo ou membros como os braços
7. Risos e gritos inapropriados
8. Observação fixada em máquinas e aparelhos domésticos que se movimentam e rodopiam, como ventiladores e motores em geral
9. Aparição de angústia em situações aparentemente normais
10. Dificuldades frente a mudanças e de ser contrariado
11. Pouca expressão de dor
12. Cheirar ou lamber os brinquedos, fixação inapropriada em objetos
13. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
14. Age como se estivesse surdo, não respondendo a comandos ou não atendendo ao próprio nome
15. Auto-agressão e agressão aos outros que o cercam


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Para quem quiser ler o texto completo, está no Portal Paraíba.com.br, no seguinte endereço:

http://www.paraiba.com.br/2012/04/02/11255-hoje-e-dia-mundial-de-conscientizacao-do-autismo-diagnostico-precoce-e-fundamental-no-tratamento

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