quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Não se faz um país sem educação"

Hoje, no Bom Dia Brasil, o jornalista Alexandre Garcia acertou em cheio quando falava sobre a educação, dizendo "não se faz um país sem educação".

Ele lembrou que "escola não é brincadeira (...) [nem] depósito de criança porque os pais estão trabalhando: é o lugar mais importante de um país sério".

Para isso, de acordo com o jornalista, "é preciso formar professores de excelência e atraí-los com remuneração alta".

Para quem não viu, segue o vídeo:

domingo, 27 de maio de 2012

Evento com os Indianos 21/05/12

Na tarde do dia 21/05/2012 (segunda-feira), ocorreu no prédio do P.D.E. da U.E.P.G. um evento de interação cultural entre inter-cambistas indianos (participantes do grupo Rotary Club International), alunos da universidade, bolsistas P.I.B.I.D. (História, Química, Letras-Inglês, Artes, Biologia), alunos do ensino médio do Colégio General Osório, professores e outros que foram convidados a participar. Para que as atividades ocorressem como previsto, os acadêmicos precisavam dominar elementos básicos da língua inglesa, visto que esta língua é uma das vinte e oito oficiais da Índia. O evento consistiu em várias atividades em que os participantes foram apresentados à elementos da cultura indiana, tais como música, dança, culinária, e inclusive tiveram contato com com uma outra língua (além do inglês) oficial utilizada pelo inter-cambistas em seu país. Em uma atividade interativa proporcionada pelos organizadores, os acadêmicos procuraram ensinar os indianos a se apresentarem em português, e o mesmo foi feito pelos inter-cambistas em uma de suas línguas. Entre as atividades, foram lhes apresentados algumas comidas típicas paranaenses e o grupo Muzenza demonstrou alguns "toques" característicos da Capoeira.
O evento foi de grande aproveitamento por parte dos acadêmicos e dos inter-cambistas, que apreciaram o "calor" da recepção e o entusiasmo brasileiro.











sexta-feira, 25 de maio de 2012

Enquanto isso no José Elias...

Após as observações feitas nas salas de aulas, com a professora Supervisora, percebemos a necessidade de novas metodologias no ensino de História. Sendo assim, no Colégio Estadual José Elias da Rocha, começamos a elaboração de exercícios e textos, bem como na seleção de videos e imagens para serem utilizados nas aulas.

Embora a experiência seja recente, já notamos melhoras, como na última avaliação do 3º ano do Ensino Médio, cujas notas melhoraram substancialmente. 

Os bolsistas estão divididos em 3 grupos, onde Angélica, Lorena e Matheus ficaram responsáveis  pela parte escrita (textos, avaliações e exercícios) enquanto Diego, Guilherme e Hurlan ficaram responsáveis pela procura e seleção de ferramentas pedagógicas, como videos, imagens e charges.

Tudo isso articulando no conteúdo com a intenção de preparar o aluno para um melhor futuro, empregando o uso de somatórias nas provas para que já vão entrando em contato com as provas de vestibular, PSS e ENEM, além de estimular a ida desses alunos para o ingresso nas universidades com projetos a serem discutidos como uma visita a nossa Universidade Estadual de Ponta Grossa. 

A professora Adreane se mostra entusiamada com os novos projetos que estão sendo formulados no qual iremos conciliar o ensino de história com o cinema. Já está sendo discutido como será empregada essas oficinas e que filmes poderão ser usados. Esperamos que sejam bem recebidos pelos nossos alunos esse novo projeto e que rendam bons frutos para sua formação escolar enquanto estudante e também como cidadão.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Boa notícia para os bolsistas!

Bolsas para pós-doutorado, doutorado e mestrado vão ser reajustadas em julho


A partir de 1.º julho próximo, serão reajustadas as bolsas de mestrado e doutorado, pós-doutorado e de iniciação científica, tecnológica e à docência, oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A bolsa de mestrado passa para R$ 1.350, a de doutorado para R$ 2.000, a de pós-doutorado vai a R$ 3.700 e a de iniciação científica a R$ 400.
A Capes e o CNPq assumem o compromisso de fazer novo reajuste no início de 2013 para recomposição dos valores das bolsas. Como o reajuste não estava previsto no orçamento de 2012, esta primeira parte da recomposição somente foi possível pelo remanejamento interno do orçamento das agências.
A bolsa é um instrumento para viabilizar a execução de projetos científicos, tecnológicos e educacionais nas pesquisas e projetos apoiados pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na última avaliação trienal realizada pela Capes, registrou-se um crescimento de cerca de 20% no número de cursos de pós-graduação em relação à avaliação anterior. Hoje, são mais de 2.800 cursos de mestrado e 1.700 de doutorado.
Expansão – Nos últimos quatro anos, a Capes  expandiu o Sistema Nacional de Pós-Graduação e aumentou a oferta de bolsas. Em 2008, havia cerca de 40 mil bolsistas no país. Em 2011, foram concedidas 72.071 bolsas de pós-graduação e 30.006 no Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid), num total de 102.077 bolsas. Já o CNPq, em todas as modalidades, no mesmo período, aumentou de 63 mil para cerca de 81 mil bolsas.
O último reajuste de bolsas de pós-graduação no país ocorreu em junho de 2008, quando as de mestrado passaram de R$ 940 para os atuais R$ 1,2 mil e as de doutorado de R$ 1,3 mil para R$ 1,8 mil. Entre 2004 e 2008, houve três aumentos, em que as bolsas obtiveram reajuste de 67% sobre os valores de 2002.

sábado, 19 de maio de 2012

Identidades e Ensino de História no Brasil


Neste texto pretendo mostrar um panorama do ensino de história no Brasil desde o regime monárquico, atentando para o ensino desta disciplina como formador de identidade e objeto de manipulação das elites.

Durante a monarquia, a história ensinada no Brasil era aos modos europeus, ou seja, era dividido em História Universal Sagrada e História Profana, onde se aprendia uma história de homens brancos e cristãos, onde "ser brasileiro" seria ter estas características.
Por ordem do imperador foi criada a cadeira de história do Brasil, comprofessores especializados no assunto, nesta história eram valorizados os valores católicos ese excluiam os índios.

No final do século XIX, com a república, surge uma preocupação com a identidade patriótica dos alunos, eles deveriam se orgulhar de seu país, alem da criação de uma bandeira e um hino nacional, o ensino de história se torna Educação Moral e Cívica, pregando o amor pelo país e a superioridade dos brancos em relação á negros e índios. Nesta época surgem os heróis nacionais, como Tiradentes por exemplo.

No fim dos anos de 1980, havia uma grande preocupação com a qualidade das escolas públicas, e com isto, vários debates foram realizados para tentar resolver como a história seria ensinada. Um dos temas do debate era que devemos repensar o problema de identidade social e acabar com os preconceitos raciais.

A história regional também virou alvo dos debates, trabalhar história do Paraná, por exemplo, para formar assim, mais um ícone na identidade dos brasileiros, mas com a preocupação de não repetir esta história nacional fundada em grandes feitos políticos, mas sim, uma história baseada no seu povo, tendo os trabalhadores como grandes construtores da nação.

Algumas idéias para acabar com o problema dos conteúdos com enfoque europeu surgiram, como a dos integrantes do Mercosul que lutam pra que a história dos países latino-americanos seja ensinada na escola, afinal, os alunos sabem muito pouco sobre seus países vizinhos. 


Sendo assim, podemos perceber que a disciplina de história vem como uma das principais fontes de formação de identidade e senso crítico dos alunos, e devemos nos questionar sobre que tipo de história estamos ensinando para nossos alunos hoje em dia, será que estamos formando pessoas com senso crítico para poder discutir sobre assuntos que lhe dizem respeito? Ou apenas formando mais e mais integrantes desta grande massa manipulada pela elite brasileira?


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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Reunião operacional - José Elias da Rocha

Na última quinta-feira, 17 de maio, os bolsistas da equipe do Colégio Estadual José Elias da Rocha estiveram reunidos para discutirem a atuação do PIBID neste colégio, bem como projetar intenções de atuação para as próximas semanas.

Além da apresentação do rascunho do relatório bimestral de atividades, que será publicado neste blog quando estiver concluído, e dos textos e cadernos de atividades elaborados pelos bolsistas para os alunos de 8º e 9ª anos do ensino fundamental e 2º e 3º anos do ensino médio, discutimos acerca da realização de um projeto de ensino em contra-turno, no qual serão utilizados filmes para tratar de assuntos curriculares da disciplina de história, a partir de Cine-Fóruns.

Dividida em duplas, a equipe de bolsistas ficou responsável pela elaboração de três projetos de Cine-Fórum que, trabalhando com temas e filmes distintos, buscarão ajudar os professores e alunos na relação ensino-aprendizagem, especialmente nestes temas.

A realização deste projeto poderá ser aliada aos projetos de ensino individuais dos bolsistas, que através da pesquisa-ação poderão obter respostas e resultados no que se refere à avaliação, leitura e utilização de novas linguagens e tecnologias no ensino de história, temas que vem sendo estudados pelos membros desta equipe do PIBID.

Em breve traremos novas informações sobre este projeto para vocês. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Ensino de História do Paraná

A equipe do Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny, em reunião esta semana, deu inicio à organização do segundo projeto a ser desenvolvido com os alunos do colégio, ficou então, já definido que, trabalharemos com o Ensino de História do Paraná, o qual deve estar presente no planejamento anual, e é sem dúvida de suma importância, pois possibilita ao aluno se identificar como sujeito histórico. Ao trabalhar com a História Regional e Local, o aluno pode perceber efetivamente a importância da História ensinada na escola, pois este aprendizado diz respeito a elementos do seu conhecimento e cotidiano.

Buscando informações a respeito do Ensino da História do Paraná, encontrei o seguinte texto, escrito por Wilian Bonete (Mestrando em História - UEL) e Maria Paula Costa (Doutora em História - UNESP, Profª. na UNICENTRO), a respeito de um projeto realizado por acadêmicos da UNICENTRO, com turmas de colégios estaduais de Guarapuava PR e que teve como foco o Ensino de História do Paraná.

Logo abaixo, segue a apresentação do projeto e também o link do site que contém o texto na íntegra, falando dos referenciais teóricos, do projeto em si e das experiências vividas pelos participantes.

HISTÓRIA REGIONAL: EXPERIÊNCIA DOCENTE COM O ENSINO DE HISTÓRIA DO PARANÁ.

O presente texto é resultado final de um projeto de Estágio Supervisionado realizado pelos acadêmicos do 4º ano de História da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), com turmas do Ensino Fundamental e Médio de uma Escola Estadual em Guarapuava, PR, o qual teve como foco o ensino de História do Paraná. O objetivo deste trabalho é apresentar os relatos dessa experiência e levantar algumas reflexões sobre os pressupostos teórico-metodológicos que nortearam o projeto, bem como o conceito de História Local e Regional.

O projeto de estágio em questão remeteu-se á ausência dos conteúdos de História do Paraná das grades curriculares e ao mesmo tempo atendeu a lei nº. 13.381/01, a qual torna obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública o seu ensino.

Dessa forma o mesmo estruturou-se em eixos temáticos que serão discutidos e apresentados posteriormente, com o intuito de compreender que a História do Paraná teve sua importância no âmbito nacional e que Guarapuava fez parte do contexto paranaense desde sua ocupação até os dias atuais.

Assim, pretende-se repensar a importância do ensino da História Regional salientando que a partir desta e suas peculiaridades, podemos conhecer e compreender melhor a História do Brasil de uma forma geral.

Ao partir de uma abordagem da história local é possível dar significado ao ensino de História de forma produtiva. Steca (2004, p. 21) afirma que a possibilidade da pesquisa sobre a história local, por meio do ensino da História Regional, pode ser capaz além de dirimir a distância entre a história local e a História do Brasil, revelar aos alunos o seu papel enquanto agentes históricos propagadores de sua cultura.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Tropeirismo: O reconhecimento como patrimônio cultural e suas possibilidades de ensino

No sábado, dia 28 de abril, os bolsistas PIBID dos subprojetos de História, Geografia, Letras-Francês e Artes reuniram-se no Museu dos Campos Gerais, para participar do workshop “Tropeirismo: o reconhecimento como patrimônio cultural e as possibilidades de ensino”. O evento foi organizado pela Prof.ª. Dra. Silvana Maura Batista de Carvalho, coordenadora no subprojeto de História e pela Prof.ª Ms. Elizabeth Johansen, diretora do Museu dos Campos Gerais.
O workshop foi ministrado pelo Prof. Silvestre Alves Gomes, Técnico em Turismo Rural, Professor de Língua Portuguesa da Rede Estadual de Ensino, pós-graduado em Educação de Jovens e Adultos, compositor, cantor, violonista e autor do projeto de resgate histórico-cultural -  Cancioneiro da Rota  e  do Jogo do Tropeiro – material paradidático sobre o Tropeirismo.
Professor Silvestre começou o workshop com uma introdução situando o movimento tropeiro e suas implicações para a região dos Campos Gerais.  O professor utilizou de várias pinturas para apresentar o tema e também várias músicas foram  apresentadas, o que deu um toque muito especial no evento, tornando-o ainda mais atraente.
As músicas tocadas pelo professor Silvestre são de sua própria autoria, têm como temática o Tropeirismo e servem de apoio para trabalhar  com material paradidático, também por ele desenvolvido “ O jogo do Tropeiro”, pois tem um conteúdo riquíssimo sobre os tropeiros e as tropeadas. Entre as que tivemos a oportunidade de ouvir, destacamos a seguinte

Tropear é Preciso
Letra e música de Silvestre Alves

Ei,  vida tropeira
Sol, chuva, cerração
Ei, vida tropeira
Levar a tropa eu vou
Rumo a São Paulo, pela trilha vou seguindo
Levo a coragem pra trovar o meu destino
Meu bem ficou lá no começo do caminho
Uma saudade machuca meu coração
E na pousada, uma viola me consola
Busco, nas cordas, conforto pro coração
E o chiado da chaleira me convida
Pra brindar a vida na roda de chimarrão
A alvorada vai desbotando as estrelas
E o passaredo anuncia o sol nascer
Sobre uma trempe, aroma de café tropeiro
O sabor da vida é pra quem sabe viver
No vai-e-vem deste destino ventureiro
Busco, primeiro, a divina proteção
Pois os perigos desta vida de tropeiro
Levam, primeiro, quem não tem a devoção

Dando continuidade ao evento, Prof. Silvestre nos apresentou o Jogo do Tropeiro que consiste em jogo de tabuleiro, no qual o objetivo é  levar os peões, passo a passo sobre o traçado que representa o Caminho do Viamão. Os movimentos são determinados pelas cartas que os jogadores descartam e, que possuem particularidades relacionadas às atividades dos tropeiros, bem como as adversidades que encontravam no caminho (fonte: http://www.jogodotropeiro.com.br/jogo.html)
O ministrante nos apresentou o jogo e também sua versão online, quando pudemos jogar e conferir a dinâmica do jogo. O jogo é muito rico em detalhes e um ótimo material para ser usado em sala de aula, além de ser divertido, aborda vários aspectos da viagem dos tropeiros e seu cotidiano.
O workshop foi muito válido para os bolsistas PIBID, pois esta temática é pouco abordada nas escolas que para nós, como futuros professores, conhecer um pouco mais sobre o assunto e pensar em formas diferenciadas de trabalhá-lo em sala de aula é muito relevante.
Gostaríamos de saudar o professor Silvestre, pela sua iniciativa e também agradecer pela sua disposição em nos apresentar seu trabalho, que é muito rico, trazendo muitas contribuições para os professores.
Este Workshop foi o primeiro de uma série de três que ocorreram ao longo dos meses de maio e junho, agora destinado aos acadêmicos de Pedagogia e de História, esperamos que aproveitem tanto quanto nós aproveitamos esta oportunidade, e que apreciem tanto quanto nós apreciamos a iniciativa do Professor Silvestre e seu trabalho.

MAIS INFORMAÇÕES:
Informações sobre o jogo do tropeiro podem ser encontradas no site http://www.jogodotropeiro.com.br/jogo.html, com a explicação de toda a dinâmica do jogo e onde adquiri-lo.

A versão online está disponível em:

As músicas do professor Silvestre e informações de contato estão disponíveis em seu site http://www.cancioneirodarota.com.br/?acao=home, onde é possível encontrar suas canções e letras.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Nobel de Economia defende cotas raciais como medida temporária


Por: GIULIANDER CARPES
O economista James Heckman, vencedor do Prêmio Nobel de economia no ano 2000, deu palestra na manhã desta segunda-feira na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, onde falou sobre investimento educacional na primeira infância. Durante seu pronunciamento, Heckman mostrou-se partidário da adoção de cotas raciais ou sociais para entradas nas universidades. No entanto, o economista frisou que o ideal é que as medidas afirmativas não sejam adotadas de uma forma definitiva.
"As cotas já se mostraram de certa forma eficazes nos Estados Unidos, há estudos que mostram isso. A utilização delas é que eu acho que não pode passar de uma geração. O ideal é que haja um investimento maior na educação infantil para que se dê condições iguais de as pessoas acessarem as universidades", afirmou. No final de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional o sistem de cotas nas universidades brasileiras.
O professor da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, também mostrou estudos que apontam a eficácia de se investir nos primeiros anos de vida das crianças, principalmente de 0 a 6 anos, uma faixa que costuma receber menos incentivos dos governos. "A taxa de retorno nesta faixa de idade é de 7 a 10% maior que nas outras, o que é uma taxa muito boa", disse o pensador, que ponderou, no entanto, que os incentivos educacionais na primeira infância em geral não são responsáveis por um aumento no QI (quociente de inteligência).
Heckman garante que a taxa de retorno dos investimentos em educação vai caindo conforme a idade da pessoa vai aumentando. "Os mais jovens têm uma maleabilidade maior e é mais difícil mudar as formas de estímulo de adultos. As sociedades costumam investir mais tarde nas pessoas, mas o ideal seria focar nos primeiros seis anos de vida. É claro que este é um investimento que não tem a ver com a escola, mas sim a pré-escola".
Mesmo com essa visão econômica da educação, Heckman mostrou-se partidário da adoção de cotas raciais ou sociais para entradas nas universidades. No entanto, o economista frisou que o ideal é que as medidas afirmativas não sejam adotadas de uma forma definitiva. "As cotas já se mostraram de certa forma eficazes nos Estados Unidos, há estudos que mostram isso. A utilização delas é que eu acho que não pode passar de uma geração. O ideal é que houvesse um investimento maior na educação infantil para que se dê condições iguais de as pessoas acessarem as universidades", afirmou.
O estudo do professor americano vai ao encontro do que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pretende melhorar no País. "Nós precisamos de fato de políticas públicas para a primeira infância. Tentamos olhar o conjunto e este é o momento que dá a sustentação para os demais. Hoje nós temos 23,6% das crianças em creches e 80,1% na pré-escola. Só que menos de 3% das crianças abaixo da linha de pobreza estão nas creches. E para isso que temos de encontrar uma solução", disse o ministro.