Neste texto pretendo mostrar um panorama do ensino de história no Brasil desde o regime monárquico, atentando para o ensino desta disciplina como formador de identidade e objeto de manipulação das elites.
Durante a monarquia, a história ensinada no Brasil era aos modos europeus, ou seja, era dividido em História Universal Sagrada e História Profana, onde se aprendia uma história de homens brancos e cristãos, onde "ser brasileiro" seria ter estas características.
Por ordem do imperador foi criada a cadeira de história do Brasil, comprofessores especializados no assunto, nesta história eram valorizados os valores católicos ese excluiam os índios.
No final do século XIX, com a república, surge uma preocupação com a identidade patriótica dos alunos, eles deveriam se orgulhar de seu país, alem da criação de uma bandeira e um hino nacional, o ensino de história se torna Educação Moral e Cívica, pregando o amor pelo país e a superioridade dos brancos em relação á negros e índios. Nesta época surgem os heróis nacionais, como Tiradentes por exemplo.
No fim dos anos de 1980, havia uma grande preocupação com a qualidade das escolas públicas, e com isto, vários debates foram realizados para tentar resolver como a história seria ensinada. Um dos temas do debate era que devemos repensar o problema de identidade social e acabar com os preconceitos raciais.
A história regional também virou alvo dos debates, trabalhar história do Paraná, por exemplo, para formar assim, mais um ícone na identidade dos brasileiros, mas com a preocupação de não repetir esta história nacional fundada em grandes feitos políticos, mas sim, uma história baseada no seu povo, tendo os trabalhadores como grandes construtores da nação.
Algumas idéias para acabar com o problema dos conteúdos com enfoque europeu surgiram, como a dos integrantes do Mercosul que lutam pra que a história dos países latino-americanos seja ensinada na escola, afinal, os alunos sabem muito pouco sobre seus países vizinhos.
Sendo assim, podemos perceber que a disciplina de história vem como uma das principais fontes de formação de identidade e senso crítico dos alunos, e devemos nos questionar sobre que tipo de história estamos ensinando para nossos alunos hoje em dia, será que estamos formando pessoas com senso crítico para poder discutir sobre assuntos que lhe dizem respeito? Ou apenas formando mais e mais integrantes desta grande massa manipulada pela elite brasileira?
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Érika: teu texto tem uma linguagem clara e de fácil compreensão. Paralelamente, o panorama que você elaborou é bastante esclarecedor, faz alguns questionamentos bastante perinentes para os nossos dias e consegue dar a dimensão da disciplina de História para a formação da identidade de um povo. Parabéns!
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