segunda-feira, 27 de maio de 2013

Crianças podem aprender sozinhas?

Segundo Sugata Mitra, professor de tecnologia educacional da Universidade de Newcastle, é uma idéia a se pensar, porém ele acredita que nada poderá substituir o professor, pois o mesmo é uma figura essencial . 

Pois bem, mas quem é esse tal de Sugata Mitra e por que ele afirma isso? 
Sugata Mitra foi o maior pesquisador tecnológico, que revolucionou a história da educação com sua metodologia experimental, visando e analizando o uso de computadores em comunidades carentes. Mitra é mais conhecido por seu experimento “Hole in the Wall” (buraco na parede), feito em 1999. “A minha empresa ficava em Kalkaji, Nova Déli, logo atrás de um muro que dividia a parte nobre da cidade da comunidade. Apenas fizemos um buraco na parede – daí o nome do experimento – e colocamos um computador lá, virado para a favela”, conta. 

Além do PC, uma câmera foi instalada em cima do aparelho para verificar o que crianças, que nunca haviam tido contato com tecnologia, fariam naquela situação. 

O experimento mostrou que, apesar de não terem ideia do que aquela máquina representava no início, as crianças foram explorando as possibilidades do computador. Quando uma delas descobria alguma função nova, logo ensinava para as outras como fazer o mesmo. E o mais importante – sem falar uma palavra de inglês, língua na qual a máquina era programada. 

Ao fim do experimento, elas até usavam em seu vocabulário cotidiano palavras como “save”, “exit”, “close” e outros termos relacionados à informática. 

Para Mitra, isso foi uma prova de que as crianças podem usar as novas tecnologias para aprenderem por conta própria. E então ele percorreu várias partes rurais da Índia replicando seu experimento e, ao mesmo tempo, analisando a educação oferecida nestas cidades. 
Ele descobriu que o progresso que as crianças apresentavam quando eram expostas ao computador era o mesmo. Isso mostra que computadores podem, sim, serem usados para ensinar crianças – desde que elas estejam em grupo e possam trocar experiências entre si. Mitra batizou essa forma de educação de método “Minimamente Invasivo”. 

Revolução na educação? 
É nesse ponto que aparece a pergunta inevitável – os computadores podem substituir os professores? Mitra brinca com a resposta: “só os professores que merecem ser substituídos por computadores serão substituídos”. 

Segundo o pesquisador, o problema é que, em áreas mais remotas, como as que ele visitou na Índia, não há professores capacitados. E os poucos mestres locais não estão felizes ensinando por lá – logo, quando aparece uma outra oportunidade de emprego, eles acabam deixando seus estudantes. 

“Não acredito que colocar um computador na mão das crianças de lugares remotos vá resolver todos os problemas, mas acredito que ele possa melhorar várias situações”, explica Mitra. “Se tivéssemos boas escolas em todos os lugares, não precisaríamos disso”. 

E para ele, mesmo que seu método "Minimamente Invasivo" de educação seja aplicado, o professor ainda é uma figura essencial. É ele quem deve estimular a curiosidade das crianças com perguntas e ele será a figura mediadora que irá reunir o resultado das pesquisas dos estudantes e apresentá-los a turma de forma mais clara. 
Mas Mitra faz um alerta: é importante saber que tipo de pergunta fazer. “Perguntar ‘qual é o formato da Terra’ é muito simples, já que há uma resposta fácil e óbvia. Mas ao perguntar ‘por que a Terra é redonda’, estamos apresentando um desafio para as crianças”, conta.   

Mitra também comenta que "a educação está obsoleta", comentando que é preciso de um incentivo à mais para que o aluno se interesse pela aula, onde ele  acredita num sistema que, em vez de "levar as crianças à submissão pelo tédio", criará uma geração mais capaz de se divertir enquanto aprende.

Embaixo está um vídeo do TED 2007 em que Mitra comenta seu experimento. 

http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/sugata_mitra_shows_how_kids_teach_themselves.html


E vocês, acreditam que as crianças podem aprender sozinhas ou que poderemos criar uma geração que se interesse pelo estudo sem ser por "submissão e tédio" ???

Fontes: Revista Galileu 2012. ted.com. Revista Super Interessante 2013.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Projeto UEPG - 2013


O PIBID de história realizou nesse bimestre o projeto UEPG que levou até aos alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio José Elias da Rocha, os cursos ofertados pela Universidade. Demonstrou as formas de ingresso através do PSS e do ENEM, além de explicar o método das provas de nossa Universidade. Falou dos benefícios de cotas para alunos de escolas públicas e afros descendentes e levou os alunos e alunas no Campus em Uvaranas para que conhecessem algumas de nossas dependências.
Foram apresentadas as estudantes algumas das disciplinas de cada curso e exposto o mercado de trabalho onde atuarão. Esse projeto é necessário para o incentivo dos alunos que já se escreveram no vestibular, fundamental para o esclarecimento dos que estão em dúvidas em qual curso ou carreira seguir e importantíssimo para despertar o interesse daqueles que não vêem a faculdade como um caminho possível nas suas vidas.
Devo confessar minha felicidade em participar de um projeto de tamanha importância para a escola e para minha formação como professor de História. Agradecemos desde já ao CAOE (central de auxílio e orientação ao estudante) pelo desprendimento pelo material fornecido e pelo transporte necessário para a realização desta e de outras atividades já realizadas pelo PIBID com sua colaboração.

Colégio Estadual José Elias da Rocha - Atuação do PIBID




O projeto “Fichas de Leitura” para os alunos dos 6º anos do ensino fundamental tem como objetivo o resgate da identidade do aluno. Os temas são decididos nas reuniões operacionais quinzenais no Colégio José Elias da Rocha e parte da observação em sala de aula para estar presente no cotidiano do aluno. A elaboração do projeto é realizada juntamente com o professor supervisor. Os resultados obtidos no projeto “Fichas de Leitura” é o reconhecimento dos alunos de seus papéis como futuros cidadãos. Eles estão reconhecendo sua identidade nacional e regional através dessas leituras, de forma dinâmica. As fichas foram elaboradas para que os alunos se sentissem instigados a ler, através de imagens e cores vibrantes.
 Juntamente com a ficha que está em uma pasta, contém um caderno no qual os alunos fazem apontamentos do que mais gostou no texto, fazendo um desenho, uma pergunta. Os resultados tem sido os melhores.      Muitos alunos estão colaborando e o projeto ainda está em andamento. As avaliações, feitas sob a supervisão da professora Adreane, apontam para uma melhora no rendimento escolar o que evidenciou uma desmotivação dos alunos devido à mesmice encontrada na escola pública, não devido à má vontade dos profissionais, e sim devido às más condições que se encontra o ensino em nosso país. A ficha de leituras tem contribuído para a valorização do hábito da leitura sendo uma injeção de animo nos alunos. 
Além desse trabalho, o projeto PIBID está auxiliando na elaboração das provas tornando-as mais interessantes: caça-palavras, cruzadinhas, ligue-pontos e etc. Nas correções desse bimestre obtivemos melhores resultados do que nas avaliações de 2012. Nessas avaliações apenas três alunos ficaram em recuperação, o que além de deixar os pais felizes deixou os alunos e toda nossa equipe radiantes.   
Porém nem tudo são flores! As atividades avaliativas foram onde, nós pibidianos, encontramos muitos problemas, principalmente no 8º ano. Muitos alunos têm erros ortográficos e dificuldade nas interpretações dos textos, costumam copiar ao invés de elaborar a resposta. Com o nosso acompanhamento e a explicação da professora, pudemos perceber que eles obtiveram melhores resultados, pois podiam tirar suas dúvidas. Percebemos que os alunos buscam uma atenção que o professor sozinho não consegue dar e com a ajuda do projeto PIBID pode-se notar que as aulas estão fluindo melhor.
Mas o PIBID tem ido além do esperado no que se refere à interdisciplinaridade, isso devido à receptividade dos professores do Colégio José Elias da Rocha. Nesse bimestre o PIBID irá realizar um trabalho em parceria com a diciplina de matemática para a confecção de uma tabuada que vai conter no verso do papel implastificado a História e evolução da matemática.
Com esse trabalho esperamos que os alunos percebam que o conhecimento está interligado e que isso pode torna-lo mais interessante, dinâmico e prático.